a Sobre o tempo que passa: Sebastião da Gama. Por Teresa Vieira

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

23.10.10

Sebastião da Gama. Por Teresa Vieira


(…)e não importa se os versos forem tomados por chaves falsas se eles abrem portas de terra ou aço verdadeiras.
E a minha mais próxima paisagem é o mar, minha livre bandeira, meu mato de ondas, meu cacho de uvas tão cisma, tão vida inteira. Tão momento de sentido.
Teresa Vieira

Relatório
1

                                  1-9-1947
Vou pelo Mar e levo enclavinhados
Os dedos num pedaço de madeira.
É da quilha, dos remos, ou do mastro?
Seja de aonde seja, se me ensina
Que não desisto de ir no Mar…

                                            SEBASTIÃO DA GAMA
                                           (Cabo da Boa Esperança)