a Sobre o tempo que passa: De como os homens do teatro devem ser desterrados

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

13.5.08

De como os homens do teatro devem ser desterrados


Hoje li, num determinado ambiente universitário, um certo texto. Uma veneranda figura que, com toda a licitude, está premiada com um suplemento de vencimento pelo poder estabelecido, terá dito, sem ser à minha frente, que eu fiz teatro. Agradeço o elogio. Tínhamos o mesmo palco e o mesmo microfone. Mas eu não enfiei a carapuça. Resisti em "persona". Fingi que era verdade o que na verdade sinto.