a Sobre o tempo que passa: A despedida dos Talleyrand

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

30.6.06

A despedida dos Talleyrand

No dia em que se assinala a data de nascimento de Francisco da Costa Gomes (1914), ficámos a saber que o ministro Diogo do Amaral abandonou o governo, encerrando assim certo ambiente de fin de siècle que parece marcar os imitadores de Talleyrand. E não parecem também ser por mero acaso os arrufos manifestados contra o governo pelo antecessor de Diogo na sua última presidência do CDS, a propósito do papel salvífico dos avaliólogos, educacionólogos e outros ornitólogos. A belle époque dos adesivos e dos viracasacas parece estar a dar as últimas.